Cafeicultores e lavradores de roças de alimentos na transição do trabalho escravo ao livre (Campinas, 1850-1888)

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Denise A. Soares de Moura

Resumen

Este artigo trata da forma como lavradores de roças de alimentos se integraram ao mercado de trabalho da lavoura de exportação do café, no municipio de Campinas, São Paulo, entre 1850-1888. O cruzamento de pesquisas sociológicas e estudos produzido por folcloristas sobre o universo sócio-cultural deste grupo social com a investigação em discursos pronunciados na Assembléia Legislativa de São Paulo, anuncios de trabalho publicados no jornal Gazeta de Campinas e em autos-cíveis do Tribunal de Justçia da mesma cidade indicaram um tenso ajustamento entre setores com sistemáticas diferentes de trabalho. A alta demanda de mão-de-obra das fazendas cafeeiras obrigou fazendeiros a negociarem acordos de trabalho com os lavradores, ajustados ao ciclo agrícola tradicional de suas roças, o que gerou urna relação de prestação de serviços irregular, aceita, mas frustrante para as expectativas do setor agro-exportador.

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Biografía del autor/a

Denise A. Soares de Moura

Denise A Soares de Moura é professora de história do Brasil e do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Estadual Paulista, São Paulo, Brasil. Doutorou-se em história econômica pela Universidade de São Paulo em 2002. Publicou os livros Saindo das Sombras: homens livres no declínio do escravismo (1850-1888), pela ed. da UNICAMP e Sociedade Movediça: economia, cultura e relações sociais em São Paulo (1808-1850), pela Ed. UNESP. Escreveu vários artigos para revistas acadêmicas brasileiras. Atualmente desenvolve pesquisas, com apoio financeiro do CNPQ e FAPESP, sobre relações de poder local e mercado interno na capitania de São Paulo no período 1750-1822.