Internacionalização brasileira e Instrução 113 da SUMOC

Contenido principal del artículo

Fábio Antonio de Campos

Resumen

Tendo como referência os modelos de desenvolvimento capitalista brasileiro nos anos 1950, nosso objetivo será mostrar o regime disciplinar ao investimento direto estrangeiro (ide) que originou a Instrução 113 da Superintendência da Moeda e do Crédito (Sumoc). O eixo analítico se alicerça pelas principais linhas de continuidade e inflexão intrínsecas à lógica interna dos instrumentos regulatórios ao capital internacional nessa fase. Tal pesquisa foi resultado da investigação de leis, decretos-lei, decretos e medidas cambiais em geral que constituem o marco institucional do período. Nossa conclusão foi que embora existam continuidades entre Kubitschek e Vargas no que diz respeito às condições para importação de bens de capital sem cobertura cambial na forma de ide, os critérios de seleção e essencialidade marcam uma ruptura fundamental nas distintas formas de associação com o capital internacional entre os dois governos.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Métricas de PLUMX

Detalles del artículo

Biografía del autor/a

Fábio Antonio de Campos, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

Professor e coordenador do Núcleo de História Econômica do Instituto de Economia da Unicamp

Citas

ALMEIDA, R. (1986). Política econômica do segundo governo Vargas. En T. SZMRECSÁYIT e R. GRANZIEIRA (orgs.), Getúlio Vargas e a economia contemporânea. Campinas: Universidad Estatal de Campinas.

AREND, M. (2009). 50 Anos de industrialização do Brasil (1955-2005): uma análise evolucionária (Tese de doutorado). Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.

BASTOS, P. P. Z. (2001). A dependência em progresso: fragilidade financeira, vulnerabilidade comercial e crises no Brasil (1890-1954) (Tese de doutorado). Universidade Estadual de Campinas, Campinas.

BASTOS, P. P. Z. (2012). Ascensão e crise do projeto nacional-desenvolvimentista de Getúlio Vargas. Em P. P. Z. BASTOS e P. C. D. FONSECA (orgs.), A era Vargas: desenvolvimentismo, economia e sociedade. São Paulo: Universidade Estatal Paulista.

BIELSCHOWSKY, R. (2000). Pensamento econômico brasileiro: o ciclo ideológico do desenvolvimento. Rio de Janeiro: Contratempo. 4a. ed.

BLOCK, F. (1987). Los orígenes del desorden económico internacional. México: Fondo de Cultura Económica.

CAMPOS, F. A. (2009). A arte da conquista: o capital internacional no desenvolvimento capitalista brasileiro (1951-1992) (Tese de doutorado). Universidade Estadual de Campinas, Campinas.

CAMPOS, F. A. (2015). Multinational firms and the regulatory framework in Brazil (1951-1967). Apuntes, 42(76), 137-172. DOI: 10.21678/0252-1865.

CAMPOS, R. (1994). A Lanterna na popa: memórias. Rio de Janeiro: Topbooks.

CAPUTO, A. C. (2007). Desenvolvimento econômico brasileiro e o investimento direto estrangeiro: uma análise da Instrução 113 da SUMOC, 1955-1963 (Dissertação de Mestrado). Universidade Federal Fluminense, Niterói.

CAPUTO, A. C. e MELO, H. P. (2009). A Industrialização brasileira nos anos de 1950: uma análise da Instrução 113 da SUMOC. Estudos Econômicos, 39(3), 513-538. DOI: 10.1590/S0101-41612009000300003

CARDOSO, F. H. (1977). Hegemonia burguesa e independência econômica: raízes estruturais da crise política brasileira. Em C. M. FURTADO (org.), Brasil: Tempos modernos (2a. ed.). Rio de Janeiro: Paz e Terra.

CARDOSO, M. L. (1978). Ideologia do desenvolvimento. Brasil: JK/JQ. Rio de Janeiro: Paz e Terra.

COMISIÓN ECONÓMICA PARA AMÉRICA LATINA (1965). El financiamiento externo de América Latina. En CEPAL, Estudio económico de América Latina, 1964. Nueva York: Naciones Unidas. Recuperado de http://archivo.cepal.org/pdfs/EEAL/1964.pdf

COUTINHO, L. (1975). The internationalization of oligopoly capital (Tese de doutorado). Cornell University, Ithaca.

CORSI, F. L. (1997). Estado Novo: política externa e projeto nacional. São Paulo: Universidade Estatal Paulista.

D’ARAÚJO, M. C. (1982). O segundo governo Vargas (1951-54): democracia, partidos e crise política. Rio de Janeiro: Zahar.

EICHENGREEN, B. (2000). A globalização do capital: uma história do sistema monetário internacional. São Paulo: Ed. 34.

FONSECA, P. C. D. (1989). Vargas: o capitalismo em construção 1906-1954. São Paulo: Brasiliense.

FONSECA, P. C. D. e LENZ, M. H. (2012). O desenvolvimentismo em novo estilo na América Latina: Kubitschek e Frondizi. Em XVII Encontro Nacional de Economia Política. Brasil: Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro/Sociedade Brasileira de Economia Política.

FURTADO, C. M. (1964). Dialética do desenvolvimento. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura.

GILPIN, R. U. S. (1975). Power and the multinational corporation: the political economy of foreign direct investment. Nova Iorque: Basic Books.

GRAEFF, E. P. (1981). Política de investimentos estrangeiros no pós-guerra: a Instrução nº 113 e as origens do “modelo associado” (Dissertação de Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo.

IANNI, O. (1986). Estado e planejamento no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 4a. ed.

LAFER, C. (2002). O Programa de Metas (1956-1961). Processo de Planejamento e Sistema Político no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Fundação Getúlio Vargas.

LESSA, C. (1983). Quinze anos de política econômica. São Paulo: Brasiliense. 4a. ed.

LESSA, C. e FIORI, J. L. (1983). Relendo a política econômica: as falácias do nacionalismo do segundo Vargas (Texto para discussão núm. 30). Rio de Janeiro: Universidad Federal de Río de Janeiro.

LIMA FILHO, P. A. (1993). A economia política do complexo industrial-militar: o caso do Brasil (Tese de doutorado). Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo.

MOURA, A. (1960). Capitais estrangeiros. São Paulo: Brasiliense. 2a. ed.

MEIRELLES, J. e MATTOS, F. A. M. (2015). A relação entre o capital estrangeiro e a industrialização brasileira nos anos 1950. História Econômica & História de Empresas, 18(2), 389-426.

OLIVEIRA, F. (1984). A economia da dependência imperfeita. Rio de Janeiro: Graal. 4a. ed.

ORENSTEIN, L. e SOCHACZEWSKI, A. C. (1992). Democracia com desenvolvimento: 1956-1961. Em M. P. ABREU (org.), A ordem do progresso, cem anos de política econômica republicana, 1889-1989. Rio de Janeiro: Campus.

PIGNATON, A. A. G. (1972). Investimento externo e estrutura industrial 1946-1962 (Dissertação de mestrado). Escola de Pós-Graduação em Economia, Brasília.

PINHO NETO, D. M. (1990). O interregno Café Filho: 1954-1955. Em M. P. ABREU (org.), A ordem do progresso: cem anos de política econômica republicana. Rio de Janeiro: Campus.

PRADO Jr., C. (1999). Revolução brasileira. São Paulo: Brasiliense.

SOCHACZEWSKI, A. C. (1991). Desenvolvimento econômico e financeiro do Brasil 1952-1968. São Paulo: Trajetória Cultural.

SODRÉ, N. W. (1997). Capitalismo e revolução burguesa no Brasil. Rio de Janeiro: Grafia. 2a. ed.

SOURROUILLE, J. V., GATTO, F. e KOSACOFF, B. (1984). Inversiones extranjeras en América Latina: política económica, decisiones de inversión y comportamiento económico de las filiales. Buenos Aires: Instituto para la Integración de América Latina y el Caribe/Banco Interamericano de Desarrollo.

SUPERINTENDÊNCIA DA MOEDA E DO CRÉDITO (1955-1966), Boletins e/ou relatórios. Brasília.

VIANNA, S. B. (1987). A política econômica do segundo governo Vargas (1951-1954). Rio de Janeiro: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

WEFFORT, F. C. (1977). O populismo na política brasileira. Em C. M. FURTADO (org.), Brasil: Tempos modernos. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 2a. ed.