A A voz do desenvolvimento: Os primeiros anos da telefonia no Brasil e o começo da atuação do Grupo Light no serviço telefônico (1877-1916)

Conteúdo do artigo principal

Marcel Pereira da Silva
Alexandre Macchione Saes
https://orcid.org/0000-0003-4274-1993

Resumo

O presente artigo analisa os primeiros anos da telefonia no Brasil, com destaque para as regiões de atuação do grupo canadense Light, conhecido principalmente por operar serviços de energia elétrica, iluminação e bondes elétricos nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e alguns outros municípios. Embora este serviço não estivesse nos planos originais da empresa, a entrada da Light reorganizou, incorporou e ampliou companhias telefônicas dispersas em parte dos estados do Rio de Janeiro (inclusive capital federal), São Paulo e Minas Gerais. Uma alteração na legislação federal ocorrida em 1916, limite do recorte deste trabalho, permitiu à companhia expandir e conectar suas linhas nos três estados que passou a atuar desde então, possibilitando uma considerável ampliação de seus serviços a partir deste momento.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas de PLUMX

Detalhes do artigo

Referências

Berthold, V. (1922). History of the telephone and telegraph in Brazil, 1851-1921. American Telephone and Telegraph Company.

Brandão, J. B. (1913). Mensagem dirigida pelo Presidente do Estado Júlio Bueno Brandão ao Congresso Mineiro no ano de 1913. Imprensa Oficial.

Brandão, J. B. (1914). Mensagem dirigida pelo Presidente do Estado Júlio Bueno Brandão ao Congresso Mineiro no ano de 1914. Imprensa Oficial.

Brasil. (1889). Coleção das Leis do Império do Brasil de 1889, parte 2, tomo 52, volume 2. Imprensa Oficial.

Brasil. Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio. (1917). Anuário Estatístico do Brasil, 1o ano (1908-1912). Tipografia da Estatística.

Brasil. Ministério da Indústria, Viação e Obras Públicas. (1909). Relatório apresentado ao Presidente da República dos Estados Unidos do Brasil (relativos aos anos de 1892 a 1909). Imprensa Nacional.

Brito, M. (1976). Subsídios para a história da telefonia no Brasil. Nippon Electric Company do Brasil.

Calvo, A. (2007a). Cataluña y la difusión del teléfono en España, 1877-1936. Cuadernos de Historia Contemporánea, 29, 57-74.

Calvo, A. (2007b). Infraestrucutras urbanas de la segunda revolución tecnológica. La difusión del teléfono em las ciudades espanholas, 1877-1930. Scripta Nova, 11(238), 1-29.

Castro, A. C. (1976). As empresas estrangeiras no Brasil (1860-1913) [Mestrado]. Universidade Estadual de Campinas.

Clarke, A., Dertouzos, M., y Hal, M. (1979). O Telefone: Ontem, hoje e amanhã. Telebrás.

Dinproa, G. (1985). La ingeniería en Colombia, sus ciencias y su historia. Ciencia Tecnología y Desarrollo Colciencias, 9, 81-129.

Donoso, C. (2000). De la Compañía Chilena de Teléfonos de Edison a la Companhia de Teléfonos de Chile: los primeiros 50 años de la telefonia nacional, 1880-1930. Historia (Santiago), 33, 101-139. https://doi.org/10.4067/S0717-71942000003300003

Fausto, B. (2006a). História geral da civilização brasileira (Vol. 8). Bertrand Brasil.

Fausto, B. (2006b). História geral da civilização brasileira: Vol. 9. Sociedade e instituicoes (1889-1930). Bertrand Brasil.

Fernandes Jr., R., Mendes, D., y Soares, L. (2006). São Paulo pelo Telephone. Imagens da primeira metade do século xx. Dialéktikós Brasil.

Goodwin Jr., J. W. (2018a). O Estado fala mais alto: o telefone em Belo Horizonte, 1894-1912: o telefone em Belo Horizonte, 1894-1912. História Econômica & História de Empresas, 21(1), 9-48. https://doi.org/10.29182/hehe.v21i1.552

Goodwin Jr., J. W. (2018b). “Para a melhor felicidade e comodidade da população”: o arrendamento dos serviços de eletricidade, telefonia e viação urbana de Belo Horizonte, 1911-1912. Locus, Revista de História, 24(2), 473-501. https://doi.org/10.34019/2594-8296.2018.v24.20888

Goularti, A. (2018). Formação do Sistema de Comunicações em Santa Catarina: Telefonia (1876-1927). Passagens: Revista Internacional de História Política e Cultura Jurídica, 10(2), 274-300. https://doi.org/10.15175/1984-2503-201810207

Hansen, C. R. (2012). Eletricidade no Brasil da Primeira República: a Companhia Brasileira de Energia Elétrica e os Guinle no Distrito Federal (1904-1923) [Doutorado]. Universidade Federal Fluminense.

Hobsbawm, E. J. (1995). A era dos extremos (1914-1991). Companhia das Letras.

Hobsbawm, E. J. (1998). A era dos impérios: 1875-1914. Paz e Terra.

Igartua, J. E. (1989). Armstrong, Christopher et H. V. Nelles, Southern Exposure: Canadian Promoters in Latin America and the Caribbean 1896-1930. Toronto, University of Toronto Press, 1988. Revue d’histoire de l’Amérique française, 43(2), 247-250. https://doi.org/10.7202/304790ar

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística [ibge]. (s/f). Séries históricas (população por capitais). https://seriesestatisticas.ibge.gov.br/

Jacob, R. (1911). Minas Gerais no xxo século. Gomes, Irmão & C.

Kessel, C. (2001). A vitrine e o espelho: o Rio de Janeiro de Carlos Sampaio: Vol. 2. Coleção Memória Carioca. Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro.

Kestelman, H. (2002). Contexto histórico do processo de institucionalização das telecomunicações no Brasil [Mestrado]. Fundação Getulio Vargas.

Landes, D. (1994). Prometeu desacorrentado: Transformação tecnológica e desenvolvimento industrial na Europa ocidental, desde 1750 até a nossa época. Nova Fronteira.

McDowall, D. (1988). The Light: Brazilian Traction, Light and Power Co. Ltd. University of Toronto Press.

Memória da Eletricidade. (2001). Energia elétrica em questão: debates no Clube de Engenharia. Centro de Memória da Eletricidade.

Nunes, I. (2016). Expansão e crise das ferrovias brasileiras nas primeiras décadas do século xx. América Latina en la Historia Económica, 23(3), 204-235. https://doi.org/10.18232/alhe.v23i3.723

Paula, J. A. (2012). O mercado e o mercado interno no Brasil: conceito e história. História Econômica & História de Empresas, 5(1), 7-39. https://doi.org/10.29182/hehe.v5i1.126

Ruiz, R. (1973). O telefone... Gráfica Danúbio S. A.

Saes, A. M. (2010). Conflitos do Capital: Light versus CBEE na formação do capitalismo brasileiro (1898-1927). Edusc.

Saes, A. M., Martins, M. L., y Gambi, T. F. (2016). Sul de Minas em urbanização: modernização urbana no início do século xx. Alameda.

Saes, F. A. M. de. (1979). A grande empresa de serviços públicos na economia cafeeira, 1850-1930 [Doutorado]. Universidad de São Paulo.

Saes, F. A. M. de. (1981). As ferrovias de São Paulo, 1870-1940. Hucitec.

Santos, A. L. (1999). O desenvolvimento da telefonia em Santa Catariana: das linhas às redes [Mestrado]. Universidade Federal de Santa Catarina.

Santos, M. (2013). A urbanização brasileira. Universidade de São Paulo.

Sauer, A. (1899). Almanaque Administrativo, Mercantil e Industrial do Rio de Janeiro e Indicador para 1898. 55o ano. Companhia Tipográfica do Brasil.

Senna, N. (1913). Anuário de Minas Gerais. Ano 5. Imprensa Oficial.

Senna, N. (1918). Anuário de Minas Gerais. Ano 6, tomos I e II. Imprensa Oficial.

Silva, A. P. (2007). Introdução das telecomunicações elétricas em Portugal:1855-1839 [Doutorado]. Universidade Nova de Lisboa.

Silva, G. P. da. (2021). Estrangeiras e nacionais: as maiores casas exportadoras de café em Santos (1897-1919). En Anais do 49a Encontro Nacional de Economia. Associação Nacional dos Centros de Pós-Graduação em Economia.

Silva, M. P. da. (2018). Nos trilhos da incerteza: A Rede Sul Mineira no contexto ferroviário brasileiro (1910-1934) [Doutorado]. Universidade de São Paulo.

Suzigan, W. (1986). Indústria brasileira. Origem e desenvolvimento. Brasiliense.

Szmrecsányi, T. (1986). Apontamentos para uma história financeira do grupo Light no Brasil, 1899/1939. Revista de Economia Política, 6(1), 132-135.

Tibiriçá, J. (1905). Mensagem do Presidente do Estado de São Paulo, Jorge Tibiriçá, referente ao ano de 1905. Imprensa Oficial.

Ueda, V. (1998). Inovação tecnológica e espaço urbano: a implantação da Companhia Telefônica Melhoramento e Resistência em Pelotas/RS [Mestrado]. Universidade Federal de Santa Catarina.

Ueda, V. (1999). A implantação do telefone: o caso da Companhia Telefônica Melhoramento e Resistência, Pelotas/Brasil. Scripta Nova. Revista de Electrónica de Geografia y Ciencias Sociales, 3(46), 1-13. http://www.ub.edu/geocrit/sn-46.htm

Ueda, V. (2000). Inovação tecnológica e estratégias de implantação do telefone no Rio Grande do Sul e Argentina: um estudo comparado. http://cdn.fee.tche.br/jornadas/1/s3a6.pdf

Uribe, J. A. (2013). Tecnología e historia: Las redes colombianas de teléfonos como proceso sociotécnico [Doutorado]. Universidad de Los Andes.

Uribe, J. A. C. (2010). Redes de teléfonos y construcción del estado y nación em Colombia. En V. Hebe, Kreimer, A. Arellano, y L. Sanz (Eds.), Conocer para transformar. Producción y reflexión sobre Ciencia, Tecnológia e Innovación em Iberoamérica (pp. 81-106). Instituto Internacional para la Educación Superior en América Latina y el Caribe, UNESCO.

Weid, E. (1989). A expansão da Rio de Janeiro Tramway Light and Power ou as origens do “Polvo Canadense”. 1-49. http://hdl.handle.net/20.500.11997/874

Weid, E. (1994). A gestação da Companhia Telefônica Brasileira. Anais da 1a. Conferência Internacional de História de Empresas.

Weid, E. (2004). Evolução das comunicações telefônicas no Rio de Janeiro. XIX Jornadas de História Económica.

Wirth, J. D. (1982). O Fiel da balança: Minas Gerais na Federação Brasileira (1889-1937). Paz e Terra.

Yael, D., y Darré, S. (2020). El triunfo de las señoritas telefonistas. El primer sindicato de mujeres del Uruguay y el impacto de la huelga de 1922. Zona Franca, 28, 270-302.