A capital paulista, suas águas e seu espaço (1890-1940): diferentes ações, um sentido.

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Fabio Alexandre dos Santos
http://orcid.org/0000-0003-0537-1444

Resumen

Pode-se afirmar que se formou na cidade de São Paulo um “sentido de atuação” urbana constituído por uma orientação privada nas primeiras décadas do século xx? Essa é a hipótese desta reflexão que busca interpretar intervenções públicas e privadas sobre a cidade tendo como eixo norteador as águas, em especial as utilizadas para geração de energia. Isto posto, o objetivo que fundamenta este artigo é apreender a relação e os legados de empresas e agentes públicos na construção desse possível sentido de ocupação urbana que gerou um caráter elitista, excludente e privatista do espaço público. Para isso, são analisados documentos públicos e privados, jornais, além de um balanço historiográfico sobre os temas tratados.

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Biografía del autor/a

Fabio Alexandre dos Santos, Universidade Federal de São Paulo-Unifesp

É graduado em Ciências Sociais pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho- Unesp-Araraquara (1996), com Mestrado em História Econômica (2000) e Doutorado em Economia Aplicada-História Econômica (2006), ambos pelo Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). É Professor Associado do Departamento de Economia, na área de História Econômica, e pesquisador do Laboratório de Estudos Interdisciplinares e Análises Sociais (Leia-MQuant), da Escola Paulista de Política, Economia e Negócios (EPPEN), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), campus Osasco. Pesquisa temas ligados à História Econômica do Brasil, História Urbana e História Ambiental, com especial atenção à temática das águas e das enchentes na cidade de São Paulo. Publicou as seguintes obras: Domando Águas. Salubridade e ocupação do espaço na cidade de São Paulo, 1875-1930, pela Alameda/ Fapesp; e Rio Claro: uma cidade em transformação, 1850-1906, pela Annablume/ Fapesp; além de artigos e capítulos de livros sobre cidade e águas.

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